Valores normais de glicemia (níveis de glicose no sangue) são aqueles que oscilam entre 80 e 110 mg/dl. Quando os níveis de glicemia ultrapassam os 180 mg/dl, aparece glicose na urina (glicosúria).
Existem indivíduos, principalmente obesos, que têm quantidades normais de insulina, às vezes até maiores do que a de indivíduos não diabéticos, só que essa insulina não funciona adequadamente. Essa situação é conhecida como resistência periférica à ação da insulina.
A prevalência de diabetes vem aumentando progressivamente na população em geral, mais significativamente nas faixas etárias acima dos 60 anos. Dentre as possíveis causas desse aumento são citadas o aumento da urbanização e industrialização, sedentarismo, incidência de obesidade, expectativa de vida e maior sobrevida da própria população de diabéticos.
A etiologia do diabetes é complexa, entrando em jogo fatores genéticos e ambientais, como viroses e os citados acima.
De uma maneira simplista, podemos dividir o diabetes em tipo I ou insulino-dependente e tipo II ou insulino-independente. O diabetes tipo I ocorre geralmente em indivíduos jovens e magros e tem um início tempestuoso. Antigamente era conhecida como diabetes juvenil. Nessa forma, ocorre uma destruição das células b do pâncreas, destruição essa ainda não muito bem compreendida e que acarreta a insuficiência total da secreção de insulina. Em sua etiopatogenia participam, com certeza, fatores genéticos, imunológicos (auto anticorpos anti-insulina, anti-ilhotas e anti GAD) e ambientais. Modernas técnicas genéticas vêm sendo desenvolvidas com o intuito de identificar parentes de diabéticos tipo I predispostos à doença e com isso tentar minimizar seu risco.
Já o diabetes tipo II, muito mais freqüente, tem um início insidioso, ocorrendo em pessoas mais idosas e em geral obesas. Muitas vezes o indivíduo é portador de diabetes durante anos sem percebê-lo. Esses indivíduos produzem insulina, podendo ter uma diminuída reserva da mesma ou, como ocorre em obesos, existe uma resistência à ação periférica da insulina. Além dessas duas formas mais comuns de diabetes, existe ainda o diabetes gestacional e o diabetes associado a outras patologias, como algumas síndromes ou o uso de altas doses de glicocorticóides.
O diabetes gestacional surge durante a gestação e freqüentemente desaparece ao término da mesma. As mulheres que tiveram diabetes gestacional tem grande risco de desenvolver diabetes no futuro. Muitas dessas pacientes conseguem manter-se compensadas apenas com dieta e exercícios. No entanto, algumas podem requerer o uso de insulina. O uso de hipoglicemiantes orais é contra-indicado durante a gestação, devido aos riscos para o feto.
Mais raramente, o diabetes pode ser manifestação de outras patologias, como por exemplo a doença de Cushing e a acromegalia.
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