Vacina da gripe: como aumentar a eficácia da imunização


A gripe, também conhecida como influenza, é uma das doenças com maior incidência no mundo. Pelas características dos vírus, cada vez que nós somos infectados pela doença temos contato com um vírus diferente. Por isso, podemos pegar gripe várias vezes durante a vida, diferente de outras enfermidades.

A vacinação é a principal forma de se proteger contra o vírus influenza. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1,2 bilhão de pessoas no mundo tem risco elevado de complicações por conta da gripe. A população com o maior risco de ter complicação são as crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Em relação ao Brasil, estudos mostram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias, impactando em 39% a 75% na diminuição mortalidade por complicações da influenza. Ano passado foram registrados 1.794 casos de influenza que resultaram em internação e óbitos de pacientes. O vírus com mais circulação no país foi o H3N2. No entanto, o vírus que mais gerou morte foi o H1N1.

A imunização disponibilizada pelo Ministério da Saúde este ano protegerá a população contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) o A/H1N1; A/H3N2 e influenza B. As vacinas são atualizadas anualmente justamente para englobar os vírus de maior circulação e aumentar a eficácia da imunização, é o que explica a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues. “Temos uma diferença da vacina do ano passado. Houve a mudança de duas cepas. Apenas a H1N1 é a mesma. A H3N2 e a B foram alteradas por causa da incidência do vírus. Por isso é importante que tenhamos uma vigilância ativa para que possamos identificar os vírus que estão circulando e escolhermos os que serão imunizados no ano seguinte. Pelos vírus identificados no ano passado e neste ano, tudo indica que a vacina tem uma coincidência com os vírus que estão circulando o que garante uma maior efetividade da vacinação”.

O público-alvo da campanha é formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; povos indígenas; gestantes; puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; e os funcionários do sistema prisional. Também serão vacinadas pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais. A vacinação deste publico alvo promove uma proteção coletiva, garantindo uma circulação atenuada do vírus. O ideal é vacinar a população antes do período de maior incidência do vírus, que circula com mais incidência nas épocas mais frias do ano. A ação tem início hoje, 4 de maio, e segue até o dia 22 em todas as salas de vacinação do país. Também está prevista a realização de um Dia D, no dia 09 de maio, para a mobilização nacional em parceria com estados e municípios.

A vacinação da gripe é feita com o vírus inativado, por isso não causa a doença. “A vacina é segura. Achar que a vacina causa a gripe é um mito e precisamos sempre reforçar isso. O que acontece é que com a circulação de outros vírus que não estão inclusos na vacina a pessoa pode adoecer, mas não em decorrência da vacina. A única contraindicação é para pessoas que tem alergia severa a ovo, que já são identificadas, e devem procurar o seu médico para orientações. As reações na maioria das vezes são muito leves. Basicamente com dor e sensibilidade no local da injeção”, explica a coordenadora.

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http://www.blog.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=35474&catid=564&Itemid=101
Criado
04/05/2015 22:40
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